Guedes pede urgência na 'nova CPMF', que Bolsonaro lutou contra no passado

O ministro fala que não é CPMF, mas tem cara de CPMF. jeito de CPMF, cheiro de CPMF e gosto de CPMF


O ministro da Economia, Paulo Guedes pede urgência na tramitação do projeto sobre reforma tributária que trata da unificação e simplificação de impostos. Os pontos principais do pacote são a nova CPMF e o imposto sobre dividendos.

A proposta de reforma do governo deverá ser mandada por partes. A ideia é que, superado o debate sobre a unificação de impostos federais, além de alterar a composição dos impostos estaduais e municipais, o caminho estará aberto para uma nova discussão: a tributação de dividendos das empresas quando repassados a seus acionistas.

Para isso, caso o lucro da empresa seja reinvestido na mesma, não haverá tributação, mas se o pagamento for repassado aos acionistas, deverá ser taxado inicialmente em 12%. Este percentual poderá subir até 27,5%. Entretanto, o governo que reduzir a alíquota para 25% e retirar as deduções por gastos com saúde e educação, por exemplo.

Na etapa seguinte, o governo pretende reajustar a tabela do Imposto de Renda, elevando o valor de isenção e o reajuste será conforme a inflação.

Por fim, a última etapa, a mais polêmica, será a criação do Imposto Sobre Transações Financeiras, apelidada de "Nova CPMF".

A taxação seria de 0,2% e o governo espera obter recursos para transformar o programa Bolsa Família em Renda Brasil, com benefício de R$ 290 ao mês. Esta é a etapa que tem maior reação no Congresso e precisaria ser aprovada ainda neste ano para cumprir o princípio da anterioridade – a necessidade de a regra estar definida no exercício anterior.

Em outra matéria, o Digoreste News mostra 17 vezes que Bolsonaro atacou pesado quem defendia a CPMF, claro, quando o governo não era ele, só no governo dele que pode.



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