Caminhoneiro que morreu com coronavírus no MT falava que era politicagem

"Falava que não existia, que era politicagem", diz mãe do caminhoneiro 


Um caminhoneiro de 38 anos que morreu no último domingo em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, é uma das 394 vítimas da Covid-19 no estado. Antônio Márcio era contra o isolamento social, pois não acreditava que a doença existia, segundo a mãe dele.

A mãe dele, Nadir Bueno, contou que sempre alertava o filho para tomar todos os cuidados de prevenção ao novo coronavírus.

“Ele não acreditava na Covid-19. Falava que não existia, que era politicagem. Eu falava: ‘não meu filho, não é’, mas ele não acreditava”, contou.

Antônio era motorista de caminhão e tinha problemas no rim, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT).

O caminhoneiro era trabalhador, alegre e bom filho, segundo a família, mas não percebeu a tempo como a doença é perigosa.

“Ele passou muito mal e a gente foi busca-lo em Vilhena (RO). Ele ficou 22 dias no pronto-socorro e no Metropolitano. Na quarta-feira à noite, ele não resistiu e faleceu”, lembrou emocionada.

Antônio era o único filho de Nadir, que relatou que ainda não superou a dor da perda.

“Você que não acredita e fica andando por aí, colocando a vida dos outros em risco, não faça isso. Fique em casa, se cuida. Isso é muito grave e é dolorido demais para quem fica”, ressaltou.



Digoreste News com G1/MT

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