Brasil, 600 Mortes em 24 horas - Previsões de Mandetta se confirmam

Ex-Ministro foi demitido pelo presidente Bolsonaro porque sugeria medidas de isolamento social, e o presidente falava que era apenas uma gripezinha



O Ministério da Saúde anunciou hoje que o Brasil registrou 7.921 mortes pelo novo coronavírus. Em 24 horas, o governo confirmou 600 mortes em decorrência da doença, maior número registrado no período desde o início da pandemia. O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 600 pessoas morreram nas últimas 24 horas

Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia. No total, o país alcançou 114.715 casos oficiais, com 7.921 diagnósticos entre ontem e hoje, segundo os dados mais recentes da pasta.

Segundo o governo até ontem, ao menos 58.573 pacientes estão em acompanhamento e mais de 48.221 já se recuperaram — 1.579 óbitos seguem em investigação

Os números divulgados hoje confirmam previsão do ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que foi demitido pelo Presidente Bolsonaro que discordava das previsões apontadas pelo então ministro. Enquanto Mandetta falava que o número de mortes subiria e que o Brasil precisaria adotar medidas de isolamento social, Bolsonaro debochava da pandemia e dizia se tratar apenas de uma gripezinha, sugerindo que o povo deveria ir pras ruas, como ele mesmo tem feito em atos na capital federal, unindo multidões de pessoas no momento em que o vírus prolifera. 


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