Repórter Agro percorre mais de 100 Km precários em rodovia de MT

"De Confresa pela MT-430 até a Agropecuária Três flechas".


Nesta quarta-feira (11) a equipe do Repórter Agro esteve percorrendo mais de 100 km na rodovia estadual MT 430 que liga os municípios de Confresa, Vila Rica e Santa Cruz do Xingu. 

O trecho de estrada de chão percorrido apresenta situação de calamidade pública para todas as pessoas que transitam pela via, visto que, o grande fluxo de veículos sobre a via é caótico, grande parte do escoamento de grãos da região tem passado por esta via que já não suporta o trafego devido à falta de manutenção pública. 

Saímos de Confresa as 09:30 da manhã percorrendo pela MT-430 até a Agropecuária Três flechas, no percurso além de buracos, crateras, pontes inseguras e muita lama, também nos deparamos com inúmeros testemunhos de motoristas e moradores que transitam diariamente pela via.

Em conversa com o caminhoneiro João Antônio que veio do Goiás a serviço na região, o mesmo nos relatou dizendo “Situação muito complicada, a estrada está ruim, muito ruim mesmo! Não oferece conforto nenhum, possui muitos atoleiros, muitos buracos, precisando de um encascalhamento com urgência, por que nós caminhoneiros estamos sofrendo!”.

Já um motorista vindo do Paraná estava com seu caminhão carregado com 51 toneladas de soja e seguia para o município de Confresa, desabafou a nossa equipe: “Se eu soubesse que as estradas desta região eram desta forma jamais teria vindo, gastei 3 horas vazio para ir de Confresa a fazenda, cerca de 60km e agora estou prevendo levar de 5 a 6 horas para retornar a Confresa. Em uma hora e meia andei apenas 10 km, uma tristeza, tive até que tirar um suporte na frente do caminhão por que a ponte não passada, finalizou revoltado com a situação o motorista.

O percurso foi finalizado na Agropecuária Três Flechas, onde tivemos o prazer de conversar com o gerente geral do grupo Locks, Lissandro André Zilio ao ser questionado sobre as terríveis situações da rodovia onde transitam as cargas de grãos e insumos do grupo nos definiu a situação da seguinte forma, “ Estamos em uma região muito abandonada e esquecida, porém promissora que vem crescendo ano após ano, com aumento de 15 a 20% anual de área plantada e a parte governamental não está olhando com bons olhos a este setor, deixando muito a desejar em todas as questões de trafego, como o escoamento, são pontes caindo, que ainda estão transitáveis apenas por que um grupo de propriedades se reúnem para poder fazer o escoamento, onde impacta diretamente sobre a economia destes produtores, uma vez que, não está dentro dos seus orçamentos estes tipos de serviços que acabam ficando caros, mais necessários para que a produção possa ser transportada. 

Lissandro ainda disse, Estou aqui a dois anos e toda a manutenção da Vila Carmelita até o asfalto é feita por proprietários de fazendas da região, tanto de pontes como da estrada, com maquinários próprios, tudo que é necessário para minimizar danos aos veículos, sendo que em média 70 mil toneladas de soja distribuídas em mais de 30 mil hectares tem passado atualmente pela rodovia finalizou o gerente do grupo”. 

O presidente do Sindicato rural de Confresa, Biraja Capuzzo também se posicionou em defesa dos produtores rurais que trafegam pela via, em sua fala Capuzzo destacou “ Realmente nossa situação aqui é gravíssima e vexatória pois não temos o amparo de nenhuma autoridade municipal, estadual e até federal, é uma MT 430, com promessa a mais de 10 anos em deixa-la totalmente transitável,  as pontes de madeira que já caíram uma vez, são refeitas, mesmo sabendo que não suportam o transito dos veículos de carga pesada, porem insistem nisso. A região está com 180 mil hectares de plantio de soja e mais de 150 mil cabeças de gado que saem todo dia daquela região em destino a Confresa, quer dizer, estamos falando de uma rodovia de altíssimo transito, altíssimo lucro para o município, com isso o imposto de ICM arrecadado de lá não retorna exatamente nada para a região, finalizou o presidente indignado com o fato que se repete a muitos anos”. 



   Repórter Agro   

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