O ICMS de Mauro Mendes e a Cesta Básica mais cara do Brasil

Não bastasse a alta carga tributária imposta pelo governo do estado, a cesta básica em Cuiabá é a mais cara do Brasil


Ainda não há correlação entre a cesta básica e os impostos acrescidos pelo governo do estado, pelo fato dos últimos dados referirem-se a dezembro, mas, há de se entender que tudo provém da política, e na soma de todas as esferas, principalmente do governo do estado e dos deputados estaduais, faltou preocupação e medidas para aliviar o valor, que, com o custo de R$ 518,69, a cesta básica de Cuiabá é a mais cara do Brasil, como apontam dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor da série histórica se deve a fatores como os aumentos nos preços da carne bovina, tomate e do feijão ao longo do ano de 2019.

Quando a pesquisa foi realizada, ainda não estava em vigor a alta carga tributária que o governo Mauro Mendes estabeleceu no estado, aumentando desde os produtos de mercado até os materiais para construção, com disparo intenso nos remédios de farmácia e no combustível. A probabilidade é de que na próxima pesquisa a cesta básica na capital e no estado, estejam com valores disparados, o que já é sentido quando o cidadão usa comprar qualquer produto.

Conforme dados do Dieese, que mensalmente produz relatórios relacionando os valores praticados pelo mercado em diversas capitais brasileiras, o Rio de Janeiro foi a cidade em que a cesta básica esteve mais cara em dezembro, pelo preço de R$ 516,91. Contudo, no último relatório do Departamento Intersindical Cuiabá não está inserida entre as 17 capitais listadas.

Dessa forma, ao se cruzar dados do Imea, que considera os valores de mercado em Mato Grosso, é possível verificar que Cuiabá, quando comparada às demais capitais brasileiras, apresenta o maior custo na cesta básica. O valor de R$ 518,69 registrado em dezembro, inclusive, é superior à média dos últimos sete anos, como aponta o Instituto.

Ainda considerando o relatório do Imea, a perspectiva para o ano de 2020 é que a economia do país cresça em 2,24%, o que poderia influenciar positivamente no poder de compra das famílias.

“Espera-se que em 2020 a economia brasileira continue exibindo recuperação gradual. O Relatório Focus estima que a economia cresça 2,24% em 2020, impulsionada pela retomada dos investimentos em função da baixa taxa de juros, que pode fomentar o avanço no setor industrial e a retomada nas contratações, o que por sua vez auxilia no aumento do consumo das famílias”, aponta o Instituto.

Outro produto do Dieese que auxilia na análise do valor médio de poder de compra é o relatório que trata sobre o salário mínimo ideal. Na publicação, o Departamento aponta que, em média, os brasileiros precisariam ter como renda mensal para o valor de dezembro um salário de R$ 4.342,57.

Este valor, mais de quatro vezes maior que o salário mínimo real para o período, orçado em R$ 998, apresenta a média salarial ideal para que as famílias conseguissem arcar com os custos de alimentação, transporte, saúde, educação e lazer em dezembro de 2019.

Ambos os relatórios, tanto do Dieese quanto do Imea são disponibilizados mensalmente. Contudo, os últimos periódicos disponibilizados são de dezembro do último ano.

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