Bolsonaro compra moto em concessionária e sai pilotando

Funcionários aproveitaram para tirar selfies ao som de "Have you ever seen the rain", da banda Creedence.


Dono da loja disse a jornalistas que o presidente negociou bastante o preço da motocicleta

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro foi na manhã deste sábado, 2, a uma concessionária da Honda no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília, a 14 km do Palácio da Alvorada, sua residência oficial, para buscar uma moto que havia encomendado há cerca de 20 dias. A loja foi aberta no feriado de Finados exclusivamente para receber o presidente


O modelo adquirido pelo presidente é uma Honda NC 750X azul. O preço de mercado é de R$ 33.980,00, segundo o site oficial da marca.

Bolsonaro foi recebido pelo dono da concessionária Honda Freedom, Christian Montalvão, e mais de uma dezena de funcionários, que aproveitaram para tirar selfies ao som de "Have you ever seen the rain", da banda Creedence.

Montalvão informou aos jornalistas que o presidente negociou bastante o preço da moto. Ele disse que a loja concedeu um desconto superior a 10% no valor.

Mais cedo, antes de sair da residência oficial, o presidente já havia informado que pagou a moto com seu próprio cartão.

Na loja, o presidente disse ter economias para poder bancar a compra.

"Eu estou com uma boa poupança. Eu estou com uns R$ 400 mil na poupança, Pô, eu tô rico. Eu tô rico, tá certo?"

Bolsonaro afirmou que comprou a moto para andar apenas no entorno do Palácio Alvorada, mas não descartou sair pela cidade com a nova aquisição. "Não pretendo sair pra fora (do Alvorada). Não pretendo, deixar bem claro", riu, enfatizando a palavra "pretendo".

Depois, ainda na loja, ele reconheceu que havia risco de andar pela cidade na moto. "É muito grande (o risco), não como um piloto normal, mas de gente que não gosta da gente."

O presidente deixou a concessionária pilotando a moto recém-adquirida e sob forte esquema de segurança. Bolsonaro vestia jaqueta e luvas pretas de couro e um capacete com o brasão da República e o nome "Jair Bolsonaro" gravado na traseira. Segundo ele, foi um brinde da concessionária.

Bolsonaro seguiu pela L4 Sul até o Pontão do Lago Sul, local turístico na orla do Lago Paranoá, em Brasília. Lá, fez um intervalo no passeio e conversou novamente com jornalistas. Em todo o trajeto, ele foi acompanhado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que também pilotava uma moto.

"Tá aprovada (a moto). Vou ser garoto-propaganda da Honda agora, é isso mesmo? Tá aprovada. Foi tranquilo (o passeio), readaptando. Tem quase 10 anos que não ando de moto. Tenho um prazer indescritível em pilotar uma moto, saltar de paraquedas, mergulhar", disse o presidente.

Ele não descartou uma próxima aventura: a de saltar de paraquedas. "Pela minha idade, eu só poderia saltar dentro da água para evitar um choque, fraturar algum osso. Quem sabe? Havendo oportunidade, vou relembrar meu tempo de quando estava na ativa e saltar na água. Quem sabe no Rio de Janeiro, lá na Barra da Tijuca?"

Na saída do Pontão, ele disse que almoçaria no Alvorada com a primeira-dama, Michelle, a quem não teria pedido autorização para buscar a moto na concessionária. "Eu não sei o que me espera na chegada, e eu sei que a barra é pesada em casa", brincou o presidente.

Ele retornou ao Palácio e novamente conversou com populares. Mais cedo, um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chegou à residência oficial e correu com um segurança no jardim antes da saída do presidente para a concessionária. Ele brincou com fotógrafos pedindo para que colocassem mais cabelo nele nas imagens.





  Conteúdo Estadão  

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