Prefeituras conhecem projeto “Juntos pelo Araguaia”

Detalhamento técnico do projeto será apresentado aos produtores no dia 04 de junho

Projeto prevê reposição florestal em 10 mil hectares de áreas de preservação 
permanente degradadas – Foto por: Marcos Vergueiro

Representantes do poder Municipal de Guiratinga, Tesouro, Alto Taquari, General Carneiro e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) estiveram na sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) na última sexta-feira (30.05) para conhecer o projeto “Juntos pelo Araguaia”. O projeto que será lançado no Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho, foi idealizado como maior programa de revitalização de bacia hidrográfica por meio de um esforço conjunto entre os governos Federal, de Mato Grosso e de Goiás.

Durante o encontro, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, enfatizou que não se trata de uma ação de comando e controle, mas um projeto para auxiliar os produtores, especialmente, pequenos e médios, na recuperação das áreas degradadas já declaradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Este é sem dúvidas um projeto ousado, devido ao tamanho que iremos abranger, e que só será possível por meio esforço conjunto dos três níveis do poder executivo: Federal, Estadual e Municipal e engajamento dos produtores rurais. É primordial que todos atuem em prol de um objetivo único: a vida do rio Araguaia”, destacou a gestora.

“O que eu pensei [em relação ao projeto] foi exatamente o que escutei: acabarmos com o assoreamento dos rios e recuperar nossas cabeceiras. Eu já havia escutado que até mais ou menos 2050 estaremos praticamente sem água”, projetou o prefeito de Guiratinga, Humberto Domingues, ao elogiar o projeto que visa, entre outras coisas, conter as voçorocas e manter o fluxo de água do rio Araguaia para as gerações atuais e futuras.

Na próxima terça-feira, 04 de junho, será apresentado os produtores da região o detalhamento do projeto durante o I Seminário Técnico “Juntos pelo Araguaia”. Pesquisadores das universidades federais de Goiás e Mato Grosso irão apresentar dados sobre a atual situação do rio e, em um segundo momento, serão explicados os objetivos do projeto e quais os resultados esperados para o rio Araguaia. O evento será realizado no Auditório da Câmara Municipal de Aragarças, em Goiás.

“Juntos pelo Araguaia” prevê a recuperação de 10 mil hectares de áreas degradas em 27 municípios da região, sendo 5 mil em cada um dos Estados, Mato Grosso e Goiás. Na primeira etapa, o objetivo é recompor as florestas protetoras de áreas de preservação permanente e manejar pastagens e atividades agropecuárias com tecnologias de agricultura de baixo carbono, bem como implantar sistemas agroflorestais nas zonas de recarga de aquíferos, nas cabeceiras e nos afluentes que formam o Rio Araguaia.

Privilegiando as cabeceiras do rio que corta cinco Estados em um percurso de 2600 quilômetros, a área de abrangência da atuação em Mato Grosso engloba os municípios que compõem o Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Araguaia: Alto Taquari, Alto Araguaia, Alto Garças, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Torixoréu, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Tesouro, General Carneiro, Barra do Garças.


Lançamento

Na quarta-feira (05), o presidente da República, Jair Bolsonaro, irá assinar um protocolo de intenções com os governadores Mauro Mendes e Ronaldo Caiado. Durante o evento, também será firmado um acordo de cooperação técnica entre as secretarias de Meio Ambiente dos Estados de Goiás (Semad) e Mato Grosso (Sema) e os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Regional.


Experiência

Baseado na experiência comprovada do Instituto Espinhaço em Minas Gerais, o projeto é o maior programa público de recuperação e revitalização de bacia hidrográfica no país. Em solo mineiro, o projeto “Semeando Florestas, colhendo águas na Serra do Espinhaço” atuou na reposição florestal com mudas nativas de 2500 hectares em 61 municípios. Além dos estudos para identificação das espécies mais indicadas, a projeto também se preocupou em selecionar árvores de maior valor agregado, garantindo novas alternativas de renda aos produtores.

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