Câmara rejeita CPI contra Emanuel Pinheiro.

Por 14 votos a 9, vereadores rejeitaram o pedido de Comissão Processante contra o Prefeito de Cuiabá


A Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou na manhã desta terça-feira a Comissão Processante proposta pelo vereador Diego Guimarães (PP), para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), no caso dos contratos de aluguéis “fantasmas” feitos pela Prefeitura. O pedido foi negado por 14 votos a 9.

Denúncias apontam que um destes imóveis, localizado na Avenida Getúlio Vargas, no bairro Popular, estaria sendo locado pela secretaria por R$ 9 mil mensais, mas não estaria sendo utilizado. O contrato de aluguel foi feito através de dispensa de licitação e foi assinada pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.

Votaram a favor da abertura da Comissão Processante os vereadores Vinicyus Hugueney (PP), Abilinho (PSC), Dr. Xavier (PTC), Felipe Wellaton (PV), Lilo Pinheiro (PP), Clebinho Borges (DC), Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (PROS) e Wilson Kero Kero (PSL). O presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB), e o proponente do requerimento, Diego Guimarães (PP), não puderam votar.

De acordo com o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), a Comissão atende a interesses políticos, mas admitiu que houve um erro na gestão, ao se permitir que o aluguel do imóvel fosse mantido, mesmo sem uso do mesmo por parte do poder público. Ele apontou que se há algum culpado, seria o ex-secretário Júnior Leite, que comandou a Secretaria dos 300 anos.

“Existe aqui um grupo de vereadores que não teve suas pretensões atendidas no início do Governo que foram para a oposição. Pessoas que cobram atitudes da gestão, mas que não sabem ouvir porque são pau-mandados de alguns vereadores. Houve sim um erro na gestão, que não é feita apenas pelo prefeito. Para isso que tem subordinados que tem poderes, inclusive financeiros. O secretário assumiu seu erro, numa atitude louvável, e já está fora dos quadros da Prefeitura”, afirmou Renivaldo.

O vereador Felipe Wellaton (PV) rebateu, afirmando que a Comissão Processante irá investigar o prefeito e, apenas se considerar que o chefe do Executivo municipal é culpado, irá condenar Emanuel Pinheiro. O parlamentar apontou que há vários indícios de irregularidades nos contratos. Ele citou ainda o CPI da Saúde, que tramitou na Casa, que resultou na Operação Sangria e na prisão do ex-secretário Municipal de Saúde, Huark Douglas Correa.

“Há um ato de improbidade do prefeito Emanuel Pinheiro que pagou e liquidou R$ 72 mil por um imóvel que nunca foi utilizado. Não é acusando um secretário que vai isentá-lo de culpa. Quem responde por este ato, jogando nosso dinheiro no lixo, é o prefeito. Investigar não significa condenar, mas sim trazer clareza aos fatos. Se hoje o ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Corrêa, está preso, foi porque esta Casa abriu uma CPI para investigar a saúde”, destacou Wellaton.


Com informações do Folhamax

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