Passagem de ônibus em Rondonópolis é mais cara do que em Cuiabá

Trajeto percorrido em Rondonópolis é bem menor, e os velhos ônibus já deveriam ter sido retirados de circulação

A empresa local alega que o baixo número de usuários seria o motivo para os prejuízos e justificativa 
para o aumento no valor da tarifa (Foto Roberto Nunes)

Após o preço da passagem do transporte coletivo na capital Cuiabá ter aumentado de R$ 3,85 para R$ 4,10, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou que a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos de Cuiabá (MTU) voltasse a cobrar o valor anterior. A decisão que beneficiou os usuários do transporte coletivo, e já está valendo desde sábado (2).

No entendimento do TCE, o cálculo utilizado para embasar o aumento se equivocou ao não levar em consideração uma redução no Imposto Sobre Serviços (ISS), que foi reduzido de 5% para apenas 2%, e que a medida serviria apenas para aumentar os ganhos financeiros das empresas de transporte e ainda causaria danos à população. O pedido ao TCE foi feito pelas autoridades, Vereadores e Prefeitura da Capital. 

Diferentemente do que ocorreu em Cuiabá, a população vai ter que arcar com o aumento do preço da passagem, que está sendo efetivado sob o argumento de que o valor R$ 3,80 estaria provocando prejuízos financeiros para a empresa Cidade de Pedra, mas sem levar em consideração que as empresas que atuam no transporte coletivo na capital fazem percursos muito mais longos do que os de Rondonópolis e, mesmo assim, não alegam os ditos prejuízos.

Ao contrário do que entenderam as autoridades de Cuiabá e o próprio TCE, o poder público em Rondonópolis, Vereadores e Prefeitura, não ofereceu soluções para a melhora da qualidade do transporte público na cidade e ainda onerou a população para garantir mais lucratividade da empresa, pois além de autorizar o aumento do valor da tarifa para os usuários comuns, a Prefeitura também aumentou pela segunda vez o percentual pago para a empresa pelo passe-livre estudantil, que era de 25%, passou para 38% e agora será de 50%.

A empresa alega que o baixo número de usuários seria o motivo para os prejuízos e justifica o aumento no valor da tarifa, porém, as pessoas optam por outra forma de transporte porque os seus ônibus são velhos, desconfortáveis, quentes e com poucas linhas, o que leva o usuário a ficar por horas a fio esperando pelo transporte, literalmente, em abrigos igualmente velhos e desconfortáveis, onde esses existem.

Conforme verificado, alternativas como a municipalização do sistema ou isenções de impostos temporárias para atrair empresas interessadas em atuar na cidade não foram discutidas até hoje, algo que os Vereadores do município deveriam assumir.




Com correção do Digoreste News, e informações de A Tribuna MT


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