EXTRA - Imprensa Portuguesa mostra que Haddad é mentiroso
O anúncio do Jornal destaca:
"Vice de Bolsonaro torturador? Haddad mentiu"
Fernando Haddad teve uma reação inusitada à confirmação de que repetiu uma informação falsa
O Jornal de grande prestígio em Portugal, lembra que Haddad, candidato do PT, deu voz às acusações de um músico que disse ter sido torturado por Hamilton Mourão: "Foi torturador". Porém, estava enganado. Mais tarde, reconheceu, sem pedir desculpas.
Na matéria, o jornal fez questão de mencionar que mesmo após ciente da inverdade, Haddad não teve a humildade de se desculpar.
Veja matéria na íntegra:
BRASIL
Haddad disse que vice de Bolsonaro foi torturador na ditadura militar. É “fake news”
Haddad, candidato do PT, deu voz às acusações de um músico que disse ter sido torturado por Hamilton Mourão: "Foi torturador". Porém, estava enganado. Mais tarde, reconheceu, sem pedir desculpas.
O candidato presidencial do PT Fernando Haddad deu voz às acusações do músico brasileiro Geraldo Azevedo, que garantiu ter sido torturado pelo candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro, o general na reserva Hamilton Mourão. “Bolsonaro nunca teve nenhuma importância no Exército. Mas o Mourão foi, ele próprio, torturador. O Geraldo Azevedo falou isso”, afirmou Haddad, vincando que Bolsonaro “tem como vice um torturador”.
As acusações são falsas: Hamilton Mourão era um aluno de 16 anos quando Geraldo Azevedo disse ter sido por ele torturado, em 1969. Só três anos depois, em 1972, é que o candidato a vice-presidente de Bolsonaro, candidato do PSL, entrou no Exército. Numa primeira análise acerca das declarações, o editor de política da cadeia O Globo afirma que o erro de Haddad “abala tática” do PT “de culpar ‘fake news’ por desvantagem” nas sondagens.
A primeira acusação ao candidato a “vice” de Bolsonaro de ter sido torturador surgiu no passado sábado, dia 20, através do músico pernambucano Geraldo Azevedo, 73 anos, que curiosamente deu um concerto este ano (em julho) em Portugal. “Fui preso duas vezes na ditadura, fui torturado, você não sabe o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos torturadores lá”, referiu o Azevedo, durante um concerto em Jacobina, na Bahia.
Sem confirmar a informação, Fernando Haddad, candidato que disputa a segunda volta das presidenciais brasileiras com Jair Bolsonaro, repetiu a informação, que se verificou falsa.
A seguir, o jornal menciona resposta do General Mourão, candidato a vice de Bolsonaro.
Seguiu-se uma reação do general na reserva Hamilton Mourão. “É uma coisa tão mentirosa. Ele acusa-me de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos”, apontou o “vice” de Bolsonaro, prometendo um “processo”. A Haddad endereçou outra mensagem: disse-lhe para ter cuidado com as fake news, isto é, com as notícias falsas.
Mourão entrou na Academia Militar das Agulhas Negras, do Exército, em 1972. Só em 1975 foi declarado aspirante a oficial da Arma de Artilharia.
Geraldo Azevedo corrigiu o erro e pediu desculpa, Haddad não
Depois de confirmado que as acusações eram falsas, o músico Geraldo Azevedo emitiu uma nota pedindo desculpa “pelo transtorno causado pelo equívoco”. Azevedo quis, ainda assim, “reafirmar sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa”.
Já o candidato à presidência Fernando Haddad reconheceu que a informação era falsa, mas não pediu desculpa por a ter propagado.
Na verdade, Haddad não “deu apenas a informação” de que Geraldo Azevedo “disse que foi [torturado] pelo Mourão”, visto que afirmou, com todas as letras, que Bolsonaro “tem como vice um torturador”.
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