Deputado da caixa de papelão culpa a imprensa por derrota
Ezequiel Fonseca, que foi flagrado em vídeo de Silval recebendo propina, quer justificar derrota nas urnas
Trágico e cômico, o ainda deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) , derrotado nas urnas ao tentar a reeleição, resolveu agora culpar a imprensa por seu pífio desempenho nas eleições deste ano.
Quem não sabe ou já esqueceu, Ezequiel é um dos políticos gravados recebendo maços de dinheiro na sala de Silvio Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, dinheiro que o ex-governador afirma em sua delação premiada que era propina paga em troca de apoio político.
Na época em que foi gravado, em 2013, Ezequiel Fonseca ainda era deputado estadual e Silval governador de Mato Grosso. Quando os vídeos vieram à tona, em agosto de 217, ele já exercia mandato como deputado federal.
A matéria foi divulgada em primeira mão pelo Digoreste News em agosto de 2017, assim que o STF liberou as imagens escandalosas, nojentas e repugnantes, mostrando os deputados Ezequiel e José Domingos Fraga colocando em uma caixa de papelão, a importância de 100 Mil Reais, que seria dividido entre os dois parlamentares. Segundo Silval Barbosa, esse valor era repassado aos deputados que faziam parte do esquema de propina todos os meses, sendo 12 parcelas de 50 mil reais para cada envolvido, totalizando 600 Mil Reais para cada.
A repercussão nas redes sociais foi gigantesca, assim como também a divulgação pela Mídia dos acontecimentos posteriores, gerando centenas de matérias. Agora que ficará sem mandato a partir de 2019, Fonseca reclama que a imprensa vendeu sua imagem de forma distorcida e sustenta que é inocente. Só não comenta a denúncia contra ele por improbidade oferecida pelo MPE após a divulgação das imagens.
Ora ora, deputado, se existe alguém que tenha culpa pelo seu fracasso, foi a sua prática abominável de envolvimento em escândalo de corrupção, e não a imprensa que desempenhou o seu papel, o de tornar os acontecimentos em notícias, que sim, serviu para alerta dos eleitores, e serviu para o bem dos cofres públicos.
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