Após ostentar em Dubai, Mauro Mendes ainda deve 812 trabalhadores

Empresas do ex-prefeito que se auto elogia como bom gestor está em em recuperação judicial.


Depois de passear por 10 dias pelos Emirados Árabes com a esposa e ostentar as luxurias de Dubai, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes ainda deve um total de 812 funcionários e ex-funcionários do Grupo Bipar. Eles aguardam para receber direitos trabalhistas devidos pela empresa, que está em processo de recuperação judicial desde setembro de 2016. Até o momento, o Grupo quitou o débito com 452 credores trabalhistas. Ao todo, as dívidas somam R$ 12,677 milhões, cerca de 12% do passivo de R$ 102 milhões. 

O Grupo Bipar, formado pelas sociedades Bipar Energia S.A, Bipar Investimentos e Participações S.A, Mavi Engenharia e Construções Ltda e Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda, entrou com pedido de recuperação judicial em 2015 e teve o plano aprovado por credores no ano seguinte. A recuperação deve ser concluída em 10 anos, ou seja, deve prosseguir até 2026 para quitar as dívidas com todos os credores.

No entanto, alguns ex-funcionários reclamam nas redes sociais que ainda não receberam. Em um vídeo que circula no whatsapp, um trabalhador - que não se identifica - afirma que trabalhou para a Mavi Engenharia na construção de linhas de transmissão no Estado de Rondônia e que saiu da empresa sem receber os direitos. Ele mostra a carteira de trabalho e questiona o não recebimento dos valores devidos.

De acordo com o relatório de atividades da recuperação judicial da empresa, a cargo do administrador judicial Antônio Luiz Ferreira da Silva, 1,264 mil funcionários e ex-funcionários são titulares de um crédito de R$ 12,677 milhões. Deste total, 452 foram totalmente pagos e 812 credores ainda não, porque não procederam com a atualização cadastral.

Mauro Mendes possivelmente será candidato ao governo do estado esse ano, emboras coloque suspense sobre sua candidatura, assume que procura investidores para bancar sua campanha. Em suas entrevistas tem deixado dúvidas de qual o interesse pelo governo, visto que já chegou a dizer que suas empresas quebraram porque ele se afastou do comando por quatro anos, quando exerceu o cargo de Prefeito de Cuiabá, não conseguindo explicar no entanto porque, com as empresas em recuperação judicial, quer ser governador.

Com ele fora das empresas, como já disse, quebrou, e agora, se ficar fora para governar o estado, suas empresas recuperariam? Vá entender.


Com informações de 
Karina Arruda, repórter de A Gazeta