Oposição em MT escolhe candidato entre dois nomes enrolados com a Justiça Federal
EM MAL'S LENÇÓIS - Wellington Fagundes e Antonio Joaquim, isso é tudo que resta para a oposição
Os partidos de oposição - PT, MDB, PR- marcaram reunião para o próximo dia 26, na capital, onde começarão a encaminhar nomes que devem disputar o governo do Estado e o Senado. “Tanto Wellington como Antônio Joaquim são pré-candidatos", disse o deputado Carlos Bezerra, presidente do MDB, referindo-se ao senador Wellington Fagundes (PR) e o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, afastado do cargo pelo STF, Antonio Joaquim.
“Dia 26 de fevereiro vai ser o ponta pé inicial. Não temos nenhum nome definido, mas teremos sim uma chapa completa com candidatos a Governador, Senador, deputado federal e estadual. Isso é certo e esta sendo articulado com todos os partido”, disse Bezerra, velho cacique do PMDB, hoje MDB, conhecido por ser denunciado em um processo de desvio de cerca de R$ 100 milhões de reais por meio de pregões realizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, com intermediação da empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), no ano de 2004. Esse processo tramita em segredo de Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF) À época, o parlamentar mato-grossense comandava o instituto.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MBD), afirmou que “dificilmente escapa de um dos dois", referindose a Joaquim e Wellingtom. "Ambos estão absolutamente seguros, colocando nomes à disposição para esse processo. Por isso não existe plano B”, declarou. "O que posso dizer é que nosso grupo vai definir a candidatura até final de fevereiro. Isso já está estabelecido", emendou Emanuel Pinheiro, que se encontra desgastado por ter sido mostrado em filmagem na imprensa nacional colocando dinheiro de propina nos bolsos do paletó.
Antonio Joaquim
Antonio Joaquim foi afastado do Tribunal de Contas pelo STF por ter sido citado pelo ex Governador Silval Barbosa. Segundo Silval em delação premiada, Antonio Joaquim participou juntamente com outros 4 Conselheiros do TCE de um esquema de propina que rendeu aos 5 conselheiros afastados, a quantia de 53 milhões de reais.
O ex-governador diz também ter usado dinheiro de propina para comprar imóvel do conselheiro Antonio Joaquim. Silval teria usado, segundo o próprio, uma construtora para figurar como compradora do imóvel.
Consta na decisão que, além dos depoimentos, Silval entregou documentos sobre o fato à PGR, que agora apura a suposta prática dos crimes de corrupção passiva, sonegação de renda, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso é investigado dentro da Operação Malebolge, deflagrada pela Polícia Federal.
Wellington Fagundes
O Senador Wellington Fagundes foi o político de MT que mais recebeu doações de campanhas da JBS. Em 2014, três cheques da JBS e outros dois da Seara, que pertencem a empresa dos irmãos Batista (donos da JBS), ajudaram o então deputado federal Wellington Fagundes (PR) a se eleger Senador. O republicano lidera a lista dos mato-grossenses beneficiados pelo grupo empresarial com R$ 1.850.000,00 (Um milhão, oitocentos e cinquenta mil reais)
Wellington Fagundes também é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Um balanço do final de 2016 aponta o Senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR) entre os políticos escolhidos como líderes de bancadas no Congresso (21 dos 39) que possuem ocorrências judiciais, incluindo condenações, processos em andamento e inquéritos.
Wellington também foi citado em questionamento da Polícia Federal enviado a Michel Temer. O Senador apareceu em duas perguntas do interrogatório do presidente. O inquérito, aberto pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), apura o envolvimento de Temer em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto sobre portos.
Na longa fixa do Senador Weelington Fagundes (PR) consta que ele foi flagrado pela Polícia Federal em conversas telefônicas com o ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB), Rodrigo Rocha Loures, mais conhecido como "o homem da mala", devido inúmeras veiculações na mídia, em que Rocha carregava uma mala cheia de dinheiro.
Fagundes já havia sido vinculado a este mesmo processo, quando o diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita disse em seu depoimento que o Senador seria um dos interlocutores do setor portuário, capaz de agir para resolver dificuldades junto a Casa Civil, como a prorrogação de contratos de concessão para exploração de áreas anteriores a 1993
Complica para o Senador o fato de naa conversa, gravada em 5 de maio do ano passado, (2017) Wellington informou o ex-assessor Rocha Loures que o Ministro dos Transportes, Maurício Quintella, havia confirmado que a assinatura do Decreto dos Portos aconteceria na semana seguinte,
Pasmem, o Senador Wellington Fagundes foi o autor do projeto, que prevê a concessão do sistema por até 70 anos às empresas arrendatárias
Na última semana, a Polícia Federal reclamou que Wellington tem dificultado intimação para ser ouvido, alegando agenda cheia,
A pergunta que o Digoreste News deixa no ar, é:
"Quem será o candidato do grupo Silval, Emanuel Pinheiro, Riva e Bezerra ao governo do estado?"
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