Ação integrada reduz homicídio em cerca de 30% em Cuiabá


Em parceria com o trabalho de inteligência, a ação policial em Mato Grosso tem focado os pontos de venda de drogas, locais de risco e abordagens em estabelecimentos comerciais. Em Cuiabá e Várzea Grande, esta estratégia já reflete na queda significativa do número de crimes de homicídio em 2017, se comparado aos anos anteriores. De janeiro a novembro deste ano, na capital, ocorreram 130 mortes, enquanto no mesmo período de 2016 foram 185, o que representa diminuição de 29,72%. Em relação a 2015, quando foram constatados 217 casos, a queda em 2016 havia sido de 14,74%.

Já em Várzea Grande, também entre janeiro e novembro de 2017, este tipo de crime reduziu 48,67%, quando foram registrados 58 casos, em comparação com o ano anterior, que contabilizou 113. Já em 2015, foram 138 casos, 18,11% a mais com relação a 2016. Os dados são da Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Em Cuiabá, os meses com mais ocorrências de homicídio em 2017 foram outubro (17), março (16) e maio (14). No caso de Várzea Grande, os meses de agosto e fevereiro apresentaram o maior número de casos, nove cada, e em maio foram oito.

A ação integrada entre as Polícias Judiciária Civil (PJC-MT) e Militar (PM-MT) é a principal responsável pelos resultados positivos. De acordo com o comandante do 2° Comando Regional de Várzea Grande, coronel Alessandro Ferreira da Silva, os 4º e 5º Batalhões foram direcionados com base nas informações resultantes do trabalho de inteligência. “Nós intensificamos o policiamento ostensivo e a retirada de armas em circulação, e atuamos de forma integrada com a guarda municipal. Os planos de ação são elaborados semanalmente, que resultam em operações constantes, porque a criminalidade altera o modus operandi e os locais, e nos adequamos a isso para aperfeiçoar o combate à criminalidade”.

A expectativa é uma redução ainda maior no número de homicídios para o próximo ano, já que o núcleo de inteligência da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teve um incremento de três servidores há cerca de três meses. “Por quase seis anos, esse trabalho contava com apenas um servidor, mas agora o apoio à equipe que vai a campo será intensificado com o fortalecimento do setor”, avalia o delegado titular da DHPP, André Renato Gonçalves.

Este ano houve incremento de 24,77% em inquéritos de homicídio relatados, saindo de 323 em 2016 para 403 de janeiro até o início de dezembro de 2017. Também neste período, o trabalho da unidade resultou em 99 prisões, 18 em flagrante e 81 por mandados de prisão temporários e preventivos. Os resultados estão dentro da meta “Avança DHPP” e incluem a conclusão de 377 investigações de inquéritos de homicídios dolosos.

No período de 120 dias, foram relatados ao Poder Judiciário 171 inquéritos policiais, inseridos na meta 2, iniciada em 14 de agosto e finalizada na segunda-feira (11.12).  A primeira meta (06 de março a 02 de julho) concluiu 206 inquéritos referentes a homicídios, em Cuiabá e Várzea Grande. O esforço concentrado das equipes da DHPP mantém a média de 70% de esclarecimento dos homicídios. São 243 casos solucionados, com os autores devidamente qualificados nos inquéritos policiais. “A gente tem trabalhado muito para isso, e acreditamos que os números tendem a cair ainda mais no próximo ano”, acrescenta André Renato.


Denúncia pelo WhatsApp

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa também recebe denúncias de assassinatos na Grande Cuiabá por meio do aplicativo WhatsApp. O serviço está disponível pelo número (65) 9971-7976. O objetivo é que as informações repassadas pela população auxiliem as investigações. O número do denunciante é mantido em sigilo. É possível enviar denúncias com textos e fotos. O cidadão pode denunciar ainda por meio da Delegacia Virtual ou pelo telefone 197.

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