Em Cuiabá e VG, vigilantes param e caixas eletrônicos ficam sem dinheiro.


Clientes de instituições bancárias tiveram dificuldades para fazer saques no fim de semana devido à paralisação dos vigilantes que fazem o transporte de valores, na sexta-feira (7), dia em que normalmente os caixas eletrônicos são abastecidos para atender a demanda de sábado e domingo.

Os trabalhadores, que atuam em empresas privadas que prestam serviços terceirizados aos bancos, cooperativas de crédito e estabelecimentos comerciais, cobra reajuste salarial e melhores condições de trabalho, de acordo com o Sindicato dos Empregados no Transporte de Valores, nas Bases de Valores nos Municipios de Cuiabá e Várzea Grande (Sindvalores).

A paralisação ocorreu apenas na região metropolitana. O Banco do Brasil informou, em nota, que os saques foram afetados e orientou que os clientes recorram a outros meios para evitar transtornos maiores. "O Banco do Brasil informa que devido à paralisação dos trabalhadores das empresas de transporte de numerários, os saques em espécie estão prejudicados temporariamente", diz.

O presidente do Sindvalores, Aurivan Dourado Alencar, afirmou que a paralisação aconteceu só na sexta-feira e que nesta semana os trabalhadores voltaram a atuar. Mas, segundo ele, as negociações com as empresas continuam. "Estamos cobrando reajuste de 12% e melhores condições de trabalho", disse. A contraproposta das empresas é de reajuste de 3,99%.

As armas estão ultrapassadas, segundo ele. "Precisamos de armas mais potentes, como pistolas. A manutenção também não é feita adequadamente. Os profissionais também precisam de coletes e de uniformes “decentes“", declarou.

Além disso, os salários estão abaixo da média da categoria no país. "Em Goiás, por exemplo, os vigilantes recebem mais que o dobro que os trabalhadores de Mato Grosso", pontuou. Eles também reivindicam que o valor do vale-refeição, que hoje é de R$ 18,50 por dia trabalhado, passe a ser de R$ 30.

Em Cuiabá e Várzea Grande, são cerca de 400 trabalhadores nessa área de atuação.

Representante das empresas desse ramo, o Sindicato das Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores de Mato Grosso informou que, atualmente, é impossível atender à reivindicação dos trabalhadores.

"Ainda não chegamos a um acordo e as negociações continuam", pontuou o diretor executivo da entidade, Cipriano Lima.

Em todo o estado, tem cinco empresas que trabalham no transporte de valores.

As empresas entraram com um pedido na Justiça contra a paralisação, que determinou algumas medidas, como não impedir a entrada dos trabalhadores nas empresas, mas como os trabalhos foram retomados não há nenhuma ilegalidade, segundo o sindicato dos trabalhadores.



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