MP denuncia Silval, Faiad, e mais 15 por fraude de R$ 8,1 milhões em MT
Denúncia do MP diz que grupo recebeu R$ 3 milhões em propina entre os anos 2011 e 2014, e afirma que organização era liderada pelo ex-governador Silval Barbosa.
O ex-governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa
(PMDB), e outras 16 pessoas - entre ex-secretários e empresários - foram
denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE), na segunda-feira
(13), por suposto envolvimento em uma fraude de R$ 8,1 milhões no governo do
estado.
O ex-governador, assim como outros cinco
denunciados, estão presos. A denúncia, relacionada à quarta fase da operação
Sodoma, deflagrada em fevereiro desse ano, é assinada pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco,
da 14ª Promotoria Criminal de Cuiabá.
Desta vez, duas pessoas que não constavam nas
demais ações penais foram denunciadas: o advogado Francisco Faiad, que na época dos acontecimentos comandava a extinta Secretaria de Administração, [SAD], e o ex-secretário-adjunto de Transporte e Pavimentação
Urbana (extinta Setpu), Valdísio Juliano Viriato. A reportagem tentou contato,
mas não conseguiu localizar as defesas dos denunciados.
Segundo o MP, a suposta organização criminosa teria cobrado propina de empresários, entre os anos de 2011 e 2014, para fraudar licitações e
manter contratos de fornecimento de combustível para a frota do governo do
estado e com uma empresa de informática,
Conforme consta na denúncia, o grupo teria solicitado e
recebido vantagem indevida de R$ 3,05 milhões entre outubro de 2011 a dezembro
de 2014 de uma empresa de fornecimento de combustível. Em contrapartida, foram
fraudados três pregões presenciais que viabilizaram a permanência da referida
empresa na condição de fornecedora de combustível para o abastecimento de toda
a frota do governo.
Além disso, os denunciados são acusados de desviar da extinta
Setpu um total de R$ 5,1 milhões entre os meses de fevereiro de 2013 e outubro
de 2014. Para conseguir o objetivo, o grupo inseria falsas notas de consumo de
combustível por meio do sistema eletrônico de gestão de abastecimento que era
gerido por uma empresa que prestava serviços de informática ao estado.
Em sua denúncia, a promotora afirma que a organização
criminosa "se estabeleceu no seio do Poder Executivo" com o intuito
único de "capitalizar vantagem indevida" e "promover uma
verdadeira sangria na receita pública do estado", por meio de recebimento
de propina da classe empresarial, fraudando licitações ou desviando recursos
públicos.
"Agiam ora exigindo propina para a fruição
de benefício fiscal (objeto da Operação 'Sodoma'), ora autorizando a
contratação de empresas para a prestação de serviços, mediante o recebimento de
vantagem indevida, sempre agindo em prejuízo ao interesse público (objeto da
Operação 'Sodoma 2'), ora solicitando e recebendo vantagem indevida para
formalizar
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