Boa notícia para o Brasil - Moody’s altera perspectiva do Brasil de negativa para estável
ECONOMIA
Agência vê sinais que "funcionamento da estrutura de
políticas econômicas está melhorando" e que "instituições estão
recuperando sua solidez"
A
Moody's cita sinais de recuperação da atividade e inflação em queda
São Paulo – A agência de classificação de risco Moody’s alterou
hoje de negativa para estável a perspectiva
da nota dos títulos de dívida do Brasil.
Entre os fatores para a decisão, são citados “sinais de que
o funcionamento da estrutura de políticas econômicas está melhorando e de que
as instituições estão recuperando sua solidez”, o que permite a implementação
das reformas fiscais.
A agência cita o teto de gastos públicos com correção pela
inflação, já em vigor para os próximos 20 anos, e espera a aprovação de uma reforma
da Previdência no segundo semestre.
Ainda assim, a previsão é que a relação dívida/PIB do
Brasil vá de 70% do PIB no final de 2016 para cerca de 80% em 2019.
Isso acontece porque “a recuperação econômica tímida e
gradual pressiona as receitas do governo, contribuindo para déficits mais
elevados”.
Outro fator que pesou na decisão de rever a perspectiva foi
a recente estabilização das condições macroeconômicas.
A Moody’s cita sinais de recuperação da atividade e inflação
em queda com previsão de fechar o ano já na meta de 4,5% definida pelo Banco
Central.
A projeção da agência é que o crescimento do país fique
entre 0,5% e 1% em 2017 e em 1,5% em 2018, se estabilizando na faixa entre 2% e
3% nos anos seguintes.
Outro fator citado foi que “os riscos de passivos
contingentes relacionados ao apoio financeiro à Petrobras diminuíram, reduzindo
em consequência os riscos de deterioração, enquanto o custo fiscal do alívio da
dívida concedido aos governos estaduais permanece limitado.”
O Ministério da Fazenda enviou nota afirmando que a
reavaliação “é um reconhecimento importante dos recentes esforços na
recuperação fiscal e destaca os benefícios a serem alcançados com a efetivação
das reformas.”
O Brasil perdeu o grau de investimento pela Moody’s em
fevereiro de 2016, quando sua nota caiu dois degraus de uma vez e ainda foi
colocada em perspectiva negativa.
Isso sinalizava a possibilidade de mais um rebaixamento, que
acabou não acontecendo e agora foi descartado. Já a volta do grau de
investimento, se vier, ainda deve demorar.
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