O Gilmar que o Bolsonarista pedia "Fora", torna-se o ministro do STF com maior ligação com Bolsonaro

Polêmico ministro que era alvo do Bolsonarismo tem estreitado canal de ligação com o presidente, e, por coincidência, persegue ex-aliados do Presidente


 Quinta-feira, 01 de Abril de 2021 

O Polêmico ministro do STF, o mato-grossense Gilmar Mendes, além de decisões que causam furor, também chama a atenção pelo seu envolvimento direto em articulações políticas que o deixam mal perante a opinião pública e os colegas.

Como vem acontecendo dia após dia, todos os aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro tem sido colocados de escanteio, nomes como do seu ex-coordenador de campanha, Gustavo Bebiano (que teve morte prematura e suspeitao ex-Juiz Sérgio Moro, que abandonou sua carreira de 20 anos de magistratura para uma decisão infeliz, a de acreditar em Bolsonaro, ou mesmo o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ex-senador Major Olímpio, que morreu no mês passado, e no mesmo dia, o presidente fez um live de uma hora, e se quer em respeito, mencionou a morte do senador mais votado do país. A lista de ex-aliados é intensa, nela, no mínimo 6 generais já abandonaram o barco do presidente, além de dezenas de deputados, alguns governadores e agora, até mesmo o vice presidente Mourão tem sido colocado de escanteio.

Em contra partida, Bolsonaro aliou-se de tudo aquilo que ele dizia que não era bom, dando diversos ministérios e cargos de segundo escalão ao famoso CENTRÃO, apoiou o presidente da Câmara (Réu na Justiça Federal com mandato de prisão, Arthur Lira) e o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco), além de indicar e nomear esquerdistas para áreas principais da Justiça e da Segurança, como o esquerdista Augusto Aras na PGR, André Mendonça no Ministério da Justiça (Agora AGU) e finalmente Kássio Nunes, cujo histórico mostra que seu surgimento procedeu das mãos do ex-presidente Lula e posteriormente, valorizado por Dilma Rousseff.

Outros novos aliados são até impressionante, como o caso do ex-prisioneiro do mensalão, Roberto Jéfferson que virou uma espécie de conselheiro do Presidente, e o polêmico senador Renan Calheiros, que também é Réu no STF pela prática de corrupção (assalto aos cofres públicos)

A Folha de S. Paulo, por exemplo, revelou que Gilmar Mendes esteve na residência do presidente Jair Bolsonaro, no domingo (28).

O encontro não foi colocado na agenda do presidente e o assunto da conversa não foi divulgado.

Segundo o jornal, a reunião ocorreu pela manhã, em meio à pressão da cúpula do Congresso para que o chanceler Ernesto Araújo fosse demitido. 

Na noite daquele dia, o ainda ministro atacou a senadora Kátia Abreu (PP-TO). Na segunda (29), ele caiu.

Em 2020, para nomear Kássio Nunes, Bolsonaro se reuniu várias vezes em jantares e churrascos com Gilmar Mendes e Dias Tóffoli, tudo que o eleitor Bolsonarista estendia faixas e cartazes em 2018, com Fora Tóffoli e Fora Gilmar, agora, os queridinhos do MINTO. 

Essa aproximação também esclarece o contentamento do presidente com os sucessivos ataques de Gilmar Mendes com a Cúpula da Lava Jato, em especial, o ex-Juíz Sérgio Moro e o Procurador Deltan Dallagnol.

O movimento "Nas Ruas", o único entre os 3 grandes que apoiaram o presidente e ainda permanece aliado, bancado pela cúpula da república, fez inúmeras inserções de campanhas com "Fora Gilmar", no entanto, agora eles se mantém calados, atacando apenas a quem interessa a família Bolsonaro. 




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