Plágio, Favorecimento a terrorista e lagostas pro STF marcarão sabatina de indicado de Bolsonaro

Indicado por Deputado do Centrão, Nunes Marques tem até mesmo ligações com o PT.  


  Terça-feira, 20 de outubro de 2020  

A partir das 8 horas desta quarta-feira (21), estaremos acompanhando de perto um dos momentos cruciais da gestão do presidente Jair Bolsonaro: a sabatina de Kassio Nunes Marques no Senado Federal. O magistrado é o primeiro indicado pelo presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar do Celso de Mello, aposentado desde 13 de outubro. 

Teremos a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a votação na CCJ e no Senado. A aprovação do ministro do STF, poderá durar o dia inteiro. 

Apesar de a aprovação ser esperada, o placar pode dizer em que pé está a força do governo no Parlamento.  Qual será a  tendência de votos dos senadores na CCJ e no Plenário? Analisaremos 13 assuntos essenciais que o Senado vai abordar na sabatina de Kassio Nunes Marques.  

Nunes Marques certamente será questionado sobre a suspeita de plágio em seu mestrado, sobre a suposta interferência política do presidente Bolsonaro na Polícia Federal, sobre a investigação de “rachadinhas” contra Flávio Bolsonaro, e decisões tomadas como desembargador, como o fato de ele ter liberado a compra de lagostas pelo STF ou a sua manifestação no Tribunal Regional Federal que favoreceu o terrorista italiano Cesare Battisti. 

O pensamento e o alinhamento de Nunes Marques 

Outro ponto de atenção que ficará à mostra durante a sabatina é sobre o alinhamento ideológico e o que Kassio Nunes Marques pensa sobre diferentes temas. O Digoreste News já antecipou em reportagem o que o desembargador pensa sobre prisão em 2.ª instância, Lava Jato e pauta de costumes.  

Basicamente, o indicado de Bolsonaro é tido como um “conservador moderado” e de trajetória garantista, assim como outros integrantes da Suprema Corte, como Gilmar Mendes. Até às vésperas da indicação, ele não estava entre os favoritos para a vaga. Contudo, o nome foi sugerido pelo senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, que é do Piauí – assim como Nunes. 

Parte da base Bolsonarista trabalhou contra a indicação, mas não teve jeito, Bolsonaro escolheu o nome e agradou não apenas Ciro Nogueira, como todo o Centrão. Não é difícil entender por que a indicação é vitória do Centrão e derrota da ala ideológica do governo . Além disso, Nunes Marques tem até mesmo ligações com o PT.  

Muitos analistas tiveram preocupação com a indicação por ser um “tiro no escuro” de Bolsonaro. Há quem garante que Bolsonaro vai se arrepender mais cedo ou mais tarde, e tratou de Nunes Marques no artigo.




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