Cheque envolveu Emanuel Pinheiro em esquema pago em desvio da Assembléia Legislativa

Segundo o MPE, o cheque emitido por uma factoring a Emanuel Pinheiro teria sido pago com dinheiro público desviado da ALMT

Quinta-feira, 29 de Outubro

O Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), tornou-se réu na Justiça por um suposto desvio de R$ 486,9 mil da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), quando ainda era parlamentar.

No ato caracterizado improbidade administrativa, Emanuel foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter se beneficiado, com R$ 45 mil reais, de um suposto esquema que teria ocorrido em 2002.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Estado no ano de 2005 e aceita pela juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Popular de Cuiabá, em abril de 2019 (ano passado), após diversos recursos protocolados pelas defesas dos acusados.

Além de Emanuel Pinheiro, os ex-presidentes da AL, José Riva e Humberto Bosaipo, também passaram a figurar como réus, juntamente com outros nomes.

Os ex-deputados Riva e Bosaipo foram apontados como os “líderes do esquema” e o objetivo do grupo era, promover desvios e se apropriar de recursos públicos.

Na denúncia consta que, os Sr's José e Joel Quirino criaram empresas fantasmas para justificar a emissão de cheques por parte da AL, procedida de forma fraudulenta, cujos valores seriam utilizados para quitação de uma operação de empréstimo feita em nome da empresa Marinez Mendes Pacheco.

Já, a empresa Marinez, teria feito empréstimos com a Confiança Factoring, do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Na oportunidade, teriam sido beneficiados Emanuel Pinheiro, Benedito Pinto, Ernandy Maurício e José Carlos. Segundo o MPE, “os valores teriam sido pagos com dinheiro público desviado da ALMT”.

Durante a tramitação do processo, os acusados Emanuel Pinheiro, Benedito Pinto e Ernandy Maurício alegaram ter feito empréstimos pessoais com a Confiança Factoring, sendo que Pinheiro recebeu R$ 45 mil, enquanto os demais receberam R$ 25 mil e R$ 20 mil, respectivamente.

Defesa de Emanuel Pinheiro era feita por ex-secretário do Prefeito, afastado pela justiça

 

A defesa do prefeito Emanuel Pinheiro à época, era feita pelo advogado Luiz Antônio Possas de Carvalho, que reafirmou que o processo é oriundo de uma ação de 2005, “cujo o recebimento da denúncia só ocorreu no ano de 2019, depois de 14 anos da propositura da ação.


 Mais tarde, Possas  tornou-se Secretário de Saúde de Emanuel Pinheiro, e foi afastado pela operação Overpriced,  no dia 01 de outubros de 2020 nas investigações que identificou elevado sobre preço na aquisição do medicamento ivermectina.


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